“Setores do empresariado nacional estão aproveitando a crise para colocar em debate a redução temporária da jornada com a redução de salário, como forma de enfrentar a crise e salvar os empregos. Os trabalhadores não podem pagar pela crise, provocada pela ganância dos grandes empresários”, disse Paixão, afirmando que, quando a situação é de grandes e imensos lucros, estes empresários nunca repartiram o bolo com os trabalhadores.
De com acordo com o sindicalista, o que deve ser colocado em debate é alternativa de defesa dos empregos da classe trabalhadora. Uma delas é o estabelecimento de redução da carga tributária com a contrapartida de garantia do emprego, como forma de atravessar o período mais turbulento da crise e a redução drástica de juros e o fim do superávit fiscal.
“Defendemos a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução dos salários e limitação das horas extras conforme proposta da CUT e ampliação das políticas de geração de emprego no setor privado e no setor público, especialmente para os segmentos mais vulneráveis, a exemplo das mulheres e da população negra, além do fortalecimento da agricultura”, acrescentou Gilberto Paixão.
Paixão afirmou que a audiência que os sindicalistas tiveram com o presidente Lula foi positiva. Lula garantiu que o salário mínimo vai valer R$ 465,00 a partir do dia 1º de fevereiro, um aumento real de 5,7%. “Ao propor redução temporária de tributos nos três níveis de governo em troca de garantia de emprego, a CUT foi informada por Lula de que ele marcará uma reunião com prefeitos e governadores no início de fevereiro para encaminhar a defender a proposta, que em sua avaliação é positiva e será eficaz”, disse Paixão.