Outro motivo, e não menos importante, foi a proposta de criar “banco-de-horas”, permitindo que a jornada de trabalho diária seja alterada de oito para dez horas, sem pagamento de hora-extra e posterior compensação.

É incrível como a ganância empresarial deslocasse na contra-mão da história, pois no momento em que o conjunto dos trabalhadores brasileiros, organizados pelas centrais sindicais, organizam movimentos em prol das 40 horas semanais, parte do setor lojista busca alternativas de oficializar a jornada semanal para 55 e/ou 60 horas semanais. Proposta essa desprovida de qualquer benefício para os homens e mulheres que ajudam a construir a riqueza do setor.

Em tempos recentes o grande mote das campanhas salariais era pura e simplesmente o salário. O que hoje continua sendo o grande foco de interesse da maioria, porém quando se historicamente a relação entre capital e trabalho é pautada apenas no lucro, desconsiderando a dignidade humana, o resultado é muita opressão, exploração, assédio moral, violação dos direitos elementares e preconceito.

Ao longo dos últimos dez anos o sindicato dos comerciários vem combatendo em diversas formas de luta este quadro. Evoluímos bastante em diversos setores. Buscamos as mais diversas formas de parcerias com o setor público e as diversas organizações sociais que buscam a justiça social em seus propósitos.

O sindicato dos comerciários é reconhecido nacionalmente pela sua seriedade e competência na organização sindical. Não seria característico por parte desta entidade encabeçar um movimento grevista sem os motivos reais para tal, nem tampouco desvinculado da autorização necessária dos trabalhadores e trabalhadoras do comércio, os quais são a grande razão da existência desta entidade.

Dessa forma, pedimos a colaboração de cada teresinense no apoio a nosso movimento. Movimento justo, sério, pacífico e mantido pelos trabalhadores do comércio.

A DIREÇÃO