Gilberto Paixão, secretário-geral do Sindicato dos Comerciários de Teresina, afirmou que a categoria comerciária está aberta ao diálogo com os patrões, mas que apresentem proposta decente e série para discutirmos, não a de aumentar ainda mais a jornada de trabalho, já abusiva e estressante.

“A nossa luta nacional hoje é a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e os empresários querem aumentar a jornada para 50 ou até 60 horas semanais, sem pagar horas extras, sem garantia dos direitos trabalhistas conquistados, sem descanso, sem nada”, disse Paixão.

Greve dos comerciários recebe adesão da categoria e clientes

A greve dos comerciários, iniciada na manhã desta quinta-feira (4), conseguiu mobilizar a categoria, sensibilizar os funcionários e receber o apoio de clientes e consumidores. A manifestação da categoria comerciária percorreu todo centro comercial, convocando os trabalhadores a aderir ao movimento e denunciando a intransigência dos patrões.

A quase totalidade das lojas do centro comercial permaneceu fechada das 8 horas da manhã às 11 horas, demonstrando a força da categoria comerciária. Poucas lojas tentaram manter as portas abertas, mas não havia clientes e tiveram que fechar.

Em algumas lojas os funcionários foram mantidos em cárceres e privado, sendo impedidos de participar da greve.

De acordo com Gilberto Paixão, secretário-geral do Sindicato dos Comerciários, a responsabilidade pela deflagração da greve são os empresários, que apresentaram uma proposta absurda e inegociável, que é o de aumentar a jornada de trabalho, das 44 horas, para cerca de 55 ou até 60 horas semanais, um regime de semi-escravidão.

“A categoria deu uma prova de que não aceita esta proposta indecente e aderiu ao movimento. Queremos pedir a população compreensão e apoio nesta luta que é de todos nós”, disse Paixão.

veja trechos da manifestação:

http://www.youtube.com/embed/EMiv023BEWE