A Prefeitura de Teresina decretou nesta sexta-feira (26/08) o reajuste de 10,53% nas tarifas de transportes coletivos da cidade. Com o reajuste que entra em vigor neste sábado, dia 27, a passagem inteira passa de R$ 1,90 para R$ 2,10 e a meia passagem que custava R$ 0,95 teve seu valor fixado em R$ 1,10. As empresas que operam o sistema de transportes de Teresina reclamavam um reajuste bem superior que fixaria a passagem inteira em R$ 2,20.

Quem confirma a informação é a assessoria da PMT, que garante que está 'contrariada'. O Assessor Jurídico da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), Mário Andretti, explicou que o prefeito Elmano Férrer "tentou de todas as formas" evitar o reajuste, mas que, por uma questão de planilha de custos que objetiva cobrir despesas acumuladas no período, o realinhamento anual de preços foi inevitável. O aumento pega a população de surpresa em plena sexta-feira. Todos amanhecem surpresos no sábado.

Andretti disse que durante 16 meses o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina brigou na justiça para manter o reajuste de R$ 1,90 concedido anteriormente, questão que foi decidida esta semana pelo Superior Tribunal de Justiça favoravelmente ao Setut. A planilha de 2011 apontava um reajuste na passagem inteira para R$ 2,14 e a Prefeitura segurou o reajuste previsto para maio, autorizando apenas o valor de R$ 2,10.

No decreto que realinha os valores das tarifas, o prefeito Elmano Férrer leva em consideração os reajustes de 8,30% nos salários de motoristas e cobradores, 11,14% no ticket alimentação, 13,96% em planos de saúde, 19,6% nos pneus, 9,89% na recapagem, 2,30% no combustível e 8,4% no validador Tacom.

As planilhas são adotadas em todo o Brasil e registradas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Leve-se em consideração, conforme Mário Andretti, que a frota de 485 ônibus de Teresina está sendo renovada. “Todos os novos ônibus adquiridos pelas empresas operadoras são adaptados para o acesso de portadores de deficiência locomotora, o que elevou o preço final dos veículos que também mudaram da categoria leve para pesado, o que implica em maior consumo de combustível”, concluiu o Assessor Jurídico da Strans. Mas a população continua a reclamar: "os ônibus nem ar-condicionado, cadeiras confortáveis e novas têm. Não tinha porque aumentar", reclama um usuário.

Fonte:180graus