Publicada Quarta-Feira, 11/02/2009
Assaltos
Onda de violência em Teresina aterroriza a categoria comerciária
A onda de violência em Teresina, causada ou não pela soltura de presos, aterroriza a categoria comerciária há muito tempo. A situação piorou nos últimos meses, mas a situação da categoria sempre foi de risco. Os trabalhadores e trabalhadoras do comércio, principalmente de farmácias, shoppings, das grandes redes de supermercados e mercadinhos da periferia que tomam conta do caixa são os primeiros a receber os insultos, ameaças, pancadas e até tiros quando os estabelecimentos são assaltados.

                0

O Sindicato dos Comerciários de Teresina recebe inúmeras denúncias de trabalhadores e trabalhadoras que, de tanto ser vítima de assaltos, manifestam doenças nervosas e depressivas. Os casos mais comuns são em farmácias que funcionam até às 22 horas e 24 horas, horário escolhido pelos assaltantes devido ao pouco movimento e principalmente por não existir sistema de segurança que proteja os funcionários. Além de levarem o dinheiro do caixa, os bandidos ainda levam objetos de valor dos trabalhadores, como celulares e as bolsas, com dinheiro e documentos.

 

O Sindicato dos Comerciários tem barrado, nas Convenções Coletivas, a solicitação dos empresários do aumento da jornada de trabalho e aumento do horário de fechamento dos estabelecimentos. Os trabalhadores, ao saírem do trabalho, às 22 horas e 24 horas, ainda sofrem assaltos nas paradas de ônibus, pois os empresários não fornecem transporte aos trabalhadores para que estes cheguem em casa com segurança, apesar de inúmeras solicitações feitas pelo sindicato.

 

“A tentativa de se discutir a segurança nas lojas, farmácias, shoppings e pequenos supermercados da periferia é antiga e nós sempre insistimos nisso. O papel do sindicato é defender o seu filiado e vamos continuar fazendo nosso trabalho, discutindo com o setor patronal na Convenção Coletiva, com o setor de segurança pública, mas queremos que o movimento social organizado participe, pois a classe trabalhadora é o principal alvo”, disse Gilberto Paixão, secretário-geral do Sindicato dos Comerciários de Teresina.