O curso é realizado por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), em parceria com a FAE, UFMG e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Teve início em 2005, com a participação de 46 educadores e educadoras do campo da agricultura familiar, de diversas regiões dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.
Há cinco anos os trabalhadores e trabalhadoras do campo ocuparam um espaço que é público, mas que historicamente é ocupado por uma seleta minoria em nossa sociedade: a universidade. Vários outros cursos de Licenciatura em Educação do Campo surgiram neste período. Um dos principais objetivos do curso é garantir o fortalecimento de uma pedagogia em movimento, capaz de estabelecer um diálogo entre conhecimento científico e conhecimento popular nas comunidades de acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária.
A formação destes 46 educadores e educadoras é símbolo da multiplicação do saber camponês enquanto espaço pedagógico e das lutas pelo fortalecimento da política pública da educação do campo e por escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio.
A turma de estudantes de pedagogia, que ganhou nome Vanessa dos Santos, é a primeira do curso de Licenciatura em Educação do Campo do país. A turma agora se prepara para colocar os conhecimentos adquiridos a favor da Educação do Campo e do povo do campo.