Publicada Terça-feira, 23/02/2021

Governo anuncia novo "lockdown parcial" e suspende atividades presencias no Piauí


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O governador Wellington Dias (PT) anunciou na manhã de ontem (22) que ficarão suspensas até o dia 7 de março todas as atividades presenciais, com exceção dos serviços essenciais. A medida vem após a ocupação de leitos de UTI chegar a mais de 90% e o risco de colapso na rede de saúde. O governo não divulgou ainda o decreto, mas adiantou algumas medidas do “lockdown parcial” que ocorrerá com medidas semelhantes ao do ano passado.

O comércio, bares, restaurantes suspendem o atendimento presencial e os serviços só irão funcionar por delivery.

    Veja o que funcionará:


    I – mercearias, mercadinhos, mercados, supermercados, hipermercados, padarias;
    II – farmácias, drogarias, produtos sanitários e de limpeza;
    III – lavanderias;
    IV – postos revendedores de combustíveis, distribuidoras de gás, oficinas mecânicas e borracharias;
    V – lojas de conveniência e de produtos alimentícios, situadas em rodovias e BRs, na zona rural;
    VI – hotéis, com atendimento exclusivo dos hóspedes;
    VII – distribuidoras (exceto de bebidas alcoólicas) e transportadoras;
    VIII – serviços de segurança e vigilância;
    IX – serviços de alimentação preparada e bebidas exclusivamente para sistema de delivery ou drive-thru;
    X – bancos, serviços financeiros e lotéricas;
    XI – serviços de telecomunicação, processamento de dados, call center e imprensa;
    XII – transportes de passageiros;
    XIII – hospitais e laboratórios;
    XIV – prestação de serviços de atividades físicas.

    Ficam proibidos:

    Atividades religiosas de forma presencial – missas e cultos;

    Suspensos atividades em parques, praias e espaços que podem gerar aglomerações;

    Proibidos as realizações de festas, shows, atividades culturais e esportivas;

    Ficam suspensas as atividades presenciais em todos os órgãos públicos e irão funcionar apenas 30% de atividades presenciais de servidores;  

    Suspende aulas presenciais e ficam apenas as remotas;


Após reunião com membros do comitê de operações emergenciais e representantes da Prefeitura de Teresina, o governador Wellington Dias anunciou alterações no decreto que estabelece medidas de restrição para fortalecer o combate à covid-19 no estado. A partir da quarta-feira (24), atividades econômicas consideradas não essenciais não poderão funcionar em todo o estado do Piauí assim como atividades religiosas e aulas presenciais, na rede pública e privada.

As medidas começam a valer  das 0h de quarta-feira e seguem até o dia 7 de março. Durante esse período, poderão funcionar apenas atividades consideradas essenciais, atividades da construção civil,  e área da saúde. Comércio, bares e restaurantes somente funcionarão por meio do sistema delivery.

"A situação é muito grave. Temos um problema real, em relação a mais profissionais. Não estamos encontrando profissionais para criar mais leitos. Estamos com dificuldade também para o abastecimento, de remédios e insumos. Em razão disso, estamos pedindo a contribuição das pessoas. Vamos fazer um esforço muito grande para reduzir os adoencimetos e óbitos, para garantir a retomada com menos prejuízos para a própria economia", destacou o governador Wellington Dias.

Ainda de acordo com o governador, inicialmente as medidas seriam adotadas apenas em regiões mais atingidas, mas o Estado mudou o posicionamento após ouvir os técnicos do COE.

"A medida prevalece para todo o Estado.  Eu mesmo estava colocando a necessidade de ter uma posição para as quatro regiões mais afetadas, porém, o comitê orientou e nos acatamos que todo o Piauí terá que seguir esse regramento", disse

O vice prefeito de Teresina, Robert Rios, confirmou que a Prefeitura da capital vai seguir as determinações do decreto estadual. Ele também alertou para as dificuldades no combate a pandemia da Covid-19.

"O decreto abrange todo o Piauí e Teresina está dentro do Piauí. O interesse da cidade de Teresina não é de restringir comércio, mas evitar que a epidemia cresça. Precisamos pensar nas vidas humanas, mas também precisamos pensar nos comerciantes. Sabemos o quanto é doloroso para o comerciante, por isso que pedi pra que nenhum decreto começasse a valer hoje", disse Robert Rios.

Fonte: Cidadeverde