Depois da luta do Sindicato dos Comerciários de Teresina, da revolta e indignação da categoria comerciária, da pressão da sociedade e da imprensa contra a abertura do comércio no carnaval, a Prefeitura de Teresina voltou atrás, publicou novo decreto, determinando ponto facultativo municipal, e o setor empresarial recuou também da abertura do comércio no carnaval deste ano.
De acordo com a diretoria do Sindicato dos Comerciários,
prevaleceu o entendimento da Convenção Coletiva de Trabalho, de que a categoria
já havia trabalhado em dezembro de 2021 para que as horas fossem compensadas
com folga no carnaval de 2022.
Portanto, além do comércio lojista, os setores atacadista,
lotéricos e varejista também fecharão as 14 horas do sábado (26) e reabrirão ao meio-dia da
Quarta-Feira de Cinzas (2 de março). No caso do setor de farmácia, funcionarão apenas
aquelas que estiverem de plantão no período carnaval, com pagamento de 100% de
hora extra para os trabalhadores e trabalhadoras. As que não estiveram de
plantão ficarão fechadas.
SHOPPINGS – Apesar dos trabalhadores e trabalhadoras dos
shoppings não terem trabalhado antecipadamente para garantir folga no carnaval,
o Sindicato dos Comerciários continua negociação para que os trabalhadores e
trabalhadoras dos shoppings tenham algum benefício. O Sindicato dos
Comerciários entende que os trabalhadores e trabalhadoras dos shoppings merecem
um descanso e apresentou uma proposta, porém aguarda ainda uma decisão dos
empresários, que se mostraram muito resistentes.
SUPERMERCADOS - Em virtude das negociações estarem suspensas
por motivo de saúde do presidente da associação de supermercados, o Sindicato
dos Comerciários fez contato com a comissão negociadora do setor, pleiteando
também benefícios para os trabalhadores e trabalhadoras, lembrando que no ano
passado, o setor funcionou na terça-feira e os trabalhadores ganharam uma folga
para ser compensada. O Sindicato aguarda também uma resposta dos empresários de
supermercados.
Em virtude toda essa situação, fica claro que o poder público
municipal e o setor empresarial não têm respeito algum pelo trabalho
profissional da categoria e que os trabalhadores e trabalhadoras precisam
participar e se organizar em torno do sindicato para não ter seus direitos
subtraídos.