Trabalhadores e trabalhadoras do Assaí Atacadista, da avenida Raul Lopes, que encerram o expediente às 22 horas, estão dormindo dentro do local de trabalho por falta de transporte para chegar às suas residências.
A
denúncia foi feita ao Ministério Público do Trabalho (MPT) pelo Sindicato dos
Comerciários de Teresina, após receber diversos telefonemas e mensagens de que
muitos funcionários preferem passar à noite na empresa porque não existe
transporte coletivo circulando próximo ao local, nem a empresa oferece
transporte próprio e nem condições financeiras para pagar táxi ou transporte
por aplicativo.
De
acordo com o Sindicato dos Comerciários, muitos trabalhadores e trabalhadoras que
encerram o expediente às 22 horas tem que percorrer a avenida Raul Lopes até o
balão do Shopping Riverside, onde se encontra o ponto de ônibus mais próximo,
correndo riscos de assaltos.
Segundo
a diretoria do Sindicato dos Comerciários, a loja do Assaí Atacadista foi
construída em local onde não circula o transporte coletivo, sem planejamento,
sem pensar nos trabalhadores e por isso a responsabilidade deve ser creditada à
empresa, não apenas ao poder público municipal.
O
Ministério Público do Trabalho, ao acolher a denúncia feita pelo Sindicato dos
Comerciários, encaminhou orientação à Superintendência Municipal de Transporte
(Strans) e ao Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina(Setut) para que estendesse a circulação de linhas do transporte
coletivo até as proximidades do Assaí Atacadista, da avenida Raul Lopes, nas
imediações do Teresina Hall, mas os dois órgãos fizeram ouvido de mercador.
Além
do procedimento junto ao Ministério Público do Trabalho, o Sindicato dos
Comerciários vem dialogando com o representante do Assaí Atacadista, Carlos
Amaro, nas negociações, além de estar organizando atos na própria loja.
O
secretário geral do Sindicato dos Comerciários, Gilberto Paixão, afirmou que, além
de feito todas as denúncias aos órgãos competentes, considera o que está
acontecendo com os trabalhadores e trabalhadoras do Assaí Atacadista é um crime
e que o sindicato vai usar toda sua capacidade para solucionar e coibir tamanho
abuso.