Esperança Garcia foi uma mulher negra escravizada no século XVIII, em Oeiras, município a 300 km de Teresina. Escreveu uma carta denunciando maus tratos e solicitando providência. Foi considerada a primeira advogada do Piauí.
Segundo pesquisadores, Esperança nasceu na fazenda Algodões, propriedade que pertencia a padres jesuítas brasileiros. No local, ela aprendeu a ler e escrever.
Contudo, os
catequistas foram expulsos pelo diplomata português Marquês de Pombal e a
fazenda foi transferida para outros senhores de escravo. Logo depois, aos 19 anos,
Garcia foi separada dos filhos e do marido, e enviada para outras terras.
Segundo
juristas e advogadas negras, a carta de Esperança, datada em 1770, pode ser
considerado o primeiro documento do tipo no Brasil.