Emelly Alves

Os moradores de Teresina precisam trabalhar 87 horas e 11 minutos para garantir o valor da cesta básica mensal, conforme um levantamento divulgado pela Secretaria de Planejamento do Estado (Seplan), por meio da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais e Planejamento Participativo (Cepro). Em julho de 2024, o custo da cesta básica na capital piauiense foi de R$ 559,59.

Embora o valor da cesta básica tenha diminuído 5,66% em comparação ao mês anterior, o salário mínimo de R$ 1.412 ainda é insuficiente para cobrir as necessidades básicas do trabalhador. Atualmente, mais de 42% do salário é destinado exclusivamente para a cesta básica, que inclui itens essenciais como arroz, feijão e ovos. Para sustentar uma família de quatro pessoas, o salário necessário é de R$ 5.154,00.

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No contexto nacional, Teresina ocupa a 16ª posição entre as capitais com maior custo de cesta básica. São Paulo lidera com as despesas mais elevadas em alimentação. No Nordeste, os estados têm valores abaixo da média nacional, e Teresina se destaca como a 3ª capital nordestina com o menor custo médio da cesta básica.

Café, leite pão apresentaram aumento em Teresina

O estudo revelou que a carne bovina, o pão e o tomate são os alimentos mais consumidos na cesta básica dos teresinenses, representando, respectivamente, 27,48%, 21,36% e 13,21% das compras. Por outro lado, açúcar, óleo e café são os produtos menos adquiridos.

Apesar de ser um dos itens menos comprados, o café registrou um aumento de 8,55% em seu preço, impulsionado pela menor oferta internacional e pela desvalorização do real. O leite também teve uma elevação de 4,67%, e o pão aumentou 2,56%.

Em contraste, o tomate foi um dos produtos que apresentou a maior queda de preço, com uma redução expressiva de 32,21%. Esse declínio é atribuído ao aumento da oferta do produto no mercado, favorecido pelo amadurecimento acelerado devido às altas temperaturas.

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