Publicada Quarta-Feira, 06/10/2010
Auto-escola
Instrutores de auto-escolas têm audiência no MTE e assembléia para decidir sobre paralisação
Os instrutores de auto-escolas do Piauí completam hoje (5 de outubro) dez dias de paralisação dos serviços de exames de baliza e percurso, o que compromete a expedição da carteira de habilitação de centenas de alunos diariamente.

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Como são 110 empresas de auto-escolas no Estado e estas não possuem uma entidade representativa, o Sindicato dos Instrutores e Funcionários de Auto-Escola do Piauí (SINFAEP-PI) vem fechando acordo de forma individual. Dezoito auto-escolas já assinaram acordo onde se comprometem a pagar salário de R$ 650,00, além de melhorias das condições de trabalho.

De acordo com o presidente do sindicato, José Gilberto Cardoso, na manhã desta quarta-feira (6), haverá audiência na sede da Superintendência Regional do Trabalho, a partir das 10 horas, com um advogado representando 41 auto-escolas. Após a audiência, os instrutores se reúnem em assembléia geral, no Espaço David Solando, do Detran, para decidir sobre o encaminhamento do movimento.

A categoria reivindica o aumento do salário, mais plano de saúde e tíquetes alimentação. “Queremos o aumento, pois nosso salário há tempos está neste valor. Tem instrutores que chegam a ganhar pouco mais de 300 Reais, e o máximo chega a 650 reais”, pontua Gilberto Cardoso. As atividades estão totalmente paralisadas - nem aulas nem testes são feitos. Com a greve, deixam de ser realizados, por dia, cerca de 160 testes de baliza. 

De acordo com o presidente, a greve só termina quando decidirem assinar o acordo coletivo de trabalho.  O presidente faz ainda uma denúncia: “Queremos chamar a atenção do Ministério Público do Piauí e da OAB para um problema sério que está ocorrendo nas autoescolas. Mesmo parados, os instrutores estão sendo forçados a comparecerem aos Centros de Formação de Condutores (CFCs) e colocarem suas digitais. Isso fere a lei. Estão forjando uma situação. Nas autoescolas em que isso está acontecendo é como se os instrutores estivessem indo normalmente para ministrar as aulas práticas e teóricas”, disse Gilberto Cardoso.