Com a popularização e os consequentes riscos das apostas
online e jogos de azar por meio de plataformas digitais, o público idoso está
enfrentando uma série de perigos, que vão além da esfera financeira. Para
abordar essa questão, o Governo Federal através do Ministério dos Direitos
Humanos e da Cidadania (MDHC) reformulou a “Cartilha de Apoio à Pessoa Idosa:
enfrentamento à violência patrimonial e financeira”, oferecendo diretrizes
sobre os perigos que essas práticas podem acarretar.
A cartilha destaca que os riscos das apostas online incluem
não apenas questões financeiras, mas também sociais. O vício é um dos
principais problemas, pois a ilusão de ganhos rápidos pode levar muitos a
utilizarem recursos vitais, como os destinados a alimentação e moradia, para
realizar apostas.
Ademais, a possibilidade de fraudes, como roubo de dados
pessoais, aumenta a vulnerabilidade dos apostadores, resultando em outros tipos
de golpes. Emocionalmente, as apostas podem desencadear crises de ansiedade e
depressão, além de fomentar o isolamento social e prejudicar relacionamentos
familiares.
Em uma entrevista ao programa “Bom Dia, Ministra”, do Canal
Gov, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, abordou os
riscos das apostas online e o vício em jogos. Ela destacou que muitas pessoas
perdem grandes quantias, enfatizando que esse problema não está relacionado à
educação ou classe social.
“A população brasileira está envelhecendo como um todo.
Portanto, temos de olhar para essa população que vai apresentar demandas
diferenciadas do ponto de vista da política pública”, completou Macaé.
Como o
alerta sobre os riscos das apostas online funciona na prática?
A Cartilha de Apoio à Pessoa Idosa orienta sobre como
reconhecer a violência financeira e os golpes que visam esse público
vulnerável. O material alerta para os perigos financeiros associados às
apostas, como fraudes e a manipulação de dados pessoais.