O presidente Lula sancionou a lei que proíbe o uso de
celulares e outros dispositivos eletrônicos em salas de aula. A medida vinha
sendo discutida desde o ano passado e foi aprovada pelo Congresso Nacional.
O que diz a lei que proíbe o uso de celulares na escola?
Ela proíbe o uso de aparelhos eletrônicos pessoais, como
celulares, durante aulas, recreios e intervalos em todas as etapas da educação
básica...
Apenas os smartphones serão vetados?
A lei inclui outros dispositivos eletrônicos, como tablets e
relógios inteligentes.
Há exceções à regra?
Sim. Os dispositivos eletrônicos poderão ser usados para
finalidades específicas, determinadas pelas escolas: uso pedagógico; para fins
de acessibilidade, inclusão ou questões de saúde e em casos de força maior.
A partir de quando a lei passa a valer?
A norma entra em vigor já no início do ano letivo de 2025,
com um cronograma gradual de implementação. O processo inclui a criação de
diretrizes e orientações pelo Ministério da Educação (MEC). Em janeiro fevereiro,
o MEC promoverá seminários e ações de engajamento com as comunidades escolares
para facilitar a aplicação do novo protocolo.
Haverá punições para alunos pegos com celulares em sala
de aula?
Sim. Tal qual ocorre em outras regras disciplinares dentro
de um estabelecimento escolar, os infratores correm risco de advertências, convocações
dos pais e, em caso de recorrência, punições mais severas.
No caso de alunos que não deixarem os aparelhos em casa,
onde devem guardá-los?
O aluno poderá deixar o celular desligado ou mutado em sua
própria mochila ou em algum estabelecimento seguro oferecido pela escola, como
pochetes lacradas, armários com cadeados ou até mesmo caixas organizadoras
colocadas em sala de aula sob as vistas de alunos e professores. Segundo o
ministro da Educação, Camilo Santana, não há uma regra única para o
armazenamento dos celulares. Cada escola terá liberdade para definir como os
dispositivos serão guardados durante as aulas, dependendo de sua
infraestrutura.
Por que a lei foi criada?
O principal objetivo é proteger o desenvolvimento das
crianças e adolescentes, promovendo maior interação social, atenção nos estudos
e uma utilização mais consciente da tecnologia. Dados do Programa Internacional
de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2022, por exemplo, revelaram que alunos
que usam smartphones ou outros dispositivos por mais de cinco horas diárias
tiveram resultados piores em provas do que aqueles que usam os aparelhos por um
hora ou menos.