Isso é um alerta, não noticia boa. Agora, ao lado do café de
verdade, aquele bom, cujo quilo pode chegar a R$ 50, surge o café fake, um tipo
que tem cheiro, embalagem e aparência do outro, mas não é o bom e velho café
brasileiro.
O “pó sabor café”, que ganhou o apelido de “café fake”,
custa em torno de R$ 15, muito mais barato do que o outro. Fabricado com o
intuito de “dar a opção” ao verdadeiro, ele é capaz de confundir os
desavisados, da mesma forma que acontece com o leite condensado e o produto de
“mistura láctea”, que é “tipo” leite condensado.
A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) alertou
a Vigilância Sanitária e pediu providências. Para os especialistas, o café fake
é uma fraude e tem objetivo de confundir o consumidor mais apressado. O
Ministério de Agricultura está de olho.
Luz de alerta acesa
O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do
Ministério da Agricultura investiga o produto e os ingredientes s utilizados.
Para ser considerado café, o produto pode ter apenas o grão.
Mas nem toda embalagem do “café fake” menciona a receita ou até mesmo contém o
grão, algumas apontam que ele é feito de cevada ou milho, por exemplo.
Pela legislação brasileira, a “mistura para preparo de
alimentos ou bebidas”, que abrange os alimentos compostos por mistura
de ingredientes que são adicionados de outros itens, como água, para o consumo.
Nesse grupo, estão cappuccino e massa para bolo.
Dicas dos especialistas para fugir do cafe fake
Bebidas saborizadas
Há, ainda, os “preparados sólidos”, que tratam das bebidas
saborizadas, como chás e refrescos, segundo o G1.
Apesar de informar na embalagem que se trata de um “pó sabor
café”, as marcas trazem fotos de uma xícara de café, acompanhada por grãos.
A lei proíbe o complemento de outros gêneros, como milho,
trigo, cevada, corantes, açúcar, caramelo e borra de café solúvel ou de
infusão. Para especialistas, o fake não é café e o consumidor está sendo
enganado.