O Senado aprovou uma lei contra agressores de mulheres. Eles
terão de usar tornozeleira eletrônica e serão monitorados. A ideia é que,
assim, sejam cumpridas as medidas protetivas em casos de violência doméstica e
familiar. Para entrar em vigor, a proposta agora precisa de sanção do
presidente da República.
O texto aprovado prevê que o juiz também pode oferecer
dispositivo de segurança, como um aplicativo de celular ou “botão do pânico,
que alerte a vítima e a polícia em caso de aproximação ilícita do agressor.
A medida protetiva de urgência limita os locais que o
infrator pode frequentar para proteger a mulher.
Lei Maria da Penha
Pela Lei Maria da Penha, de 2006, em casos de violência
doméstica e familiar, o juiz pode aplicar de imediato medidas como afastamento
do lar, proibição de aproximação e contato com a vítima e comparecimento a
programas de reeducação, entre outras.
Em regiões do Brasil, como em Brasília, no Distrito Federal,
existe uma vara específica da Justiça para tratar somente dos casos de
violência contra a mulher e doméstica, respeitando as peculiaridades das
situações.
De acordo com especialistas, muitas mulheres, traumatizadas,
temem não só pela segurança de si, como dos filhos e parentes, então essas
varas oferecem um tratamento especial para elas.
“Vamos à luta”
O texto foi proposto pelo deputado federal Gutemberg Reis
(MDB-RJ) e relatado pela senadora Leila Barros (PDT-DF).
“Temos que buscar todo tipo de mecanismo para que possamos
ajudar essas mulheres que se sentem ameaçadas. Vamos à luta”, disse Leila.
A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), sugeriu que o projeto
ainda possa ampliar o rol de dispositivos usados para o monitoramento: além das
tornozeleiras, pulseiras, chaveiros e celulares.
“Você não consegue coibir o agressor quando ele quer matar
uma mulher, é muito difícil. Ela tem que se esconder, realmente, senão ele a
mata”, afirmou Margareth à Agência
Senado.
E você? O que achou dessa nova lei?