Juliana Andrade, de 13 anos, foi de uma coragem
impressionante. Diagnosticada com autismo nível 1, a adolescente reuniu a turma
da escola e fez um desabafo sobre a condição especial. Com a sala lotada, ela
se sentou na mesa da professora e descreveu em detalhes o que é o TEA
(transtorno do espectro autista) e os sentimentos que tem.
Aluna do 8º ano, Juju estuda em Marabá, a 485 quilômetros de
Belém, no Pará. A mãe postou nas redes sociais a revelação da filha e emocionou
internautas e seguidores. Houve, inclusive, adultos que se reconheceram nas
palavras da adolescente, outros sensibilizados se viram em muitas pessoas
queridas semelhantes. Assista abaixo.
“Uso o abafador porque o barulho de vocês me incomoda”,
afirmou Juju com a voz de choro entre a emoção e a dificuldade de descrever o
que vive. “Às vezes, as pessoas dizem que eu sou doida”, acrescentou a menina
sobre o transtorno que, por enquanto não tem cura, mas com o diagnóstico, é
possível tratar e evitar avanços.
Internautas e seguidores se emocionam
Nas redes sociais, Juliete, mãe da Juliana, e a adolescente
resolveram liderar movimentos de esclarecimentos sobre o diagnóstico de
autismo. Hoje participam de congressos, conferências e muitos debates.
“Parabéns pela coragem de falar Juju. Também sou autista com TDAH”, afirmou uma
jovem.
Seguidores aplaudiram a coragem da menina, que se colocou
diante dos colegas, e explicou o que vive. “Eu vendo o vídeo emocionada
pela coragem dessa menina de falar e expressar tudo que sente”, elogiou uma
seguidora.
“Também sou autista e estamos juntas nessa jornada viu.
Saiba que somos muito inteligentes e capazes. Muito feliz de ouvir seu
testemunho, pois as pessoas tem que saber o que sentimos pra parar de nos
julgar e fazer bullying com os autistas”, ressaltou uma internauta.
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento
caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e
comportamentos repetitivos.
Porém, essas características se manifestam de diferentes
formas e intensidades, dependendo de cada indivíduo.
Apesar das controvérsias, a classificação que predomina é
gradações do transtorno, alguns chamam de nível, outros estágio, variando do 1,
que é o mais leve ao 3, que precisa mais cuidado e costuma ter dificuldade de
verbalização e contato visual prolongado.