

O prazo para que empregadores domésticos quitem dívidas de
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) termina
nesta sexta-feira (31). As notificações começaram a ser enviadas pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em 17 de setembro, após identificação de
débitos de 80.506 empregadores cadastrados no eSocial.
O envio das mensagens ocorre por meio do Domicílio
Eletrônico Trabalhista (DET), sistema de comunicação entre auditores-fiscais do
trabalho e empresas, autônomos com CNPJ,
empregadores domésticos e Microempreendedores Individuais (MEIs). Ao todo, os
débitos ultrapassam R$ 375 milhões, afetando aproximadamente 154 mil
trabalhadores domésticos.
As notificações foram geradas a partir do cruzamento de
dados do eSocial e da Caixa Econômica Federal, responsável pelo FGTS. O
empregador que não quitar a dívida até o fim do mês poderá sofrer ação fiscal,
com cobrança formal e aplicação de multa, cujo valor não foi informado.
Segundo o presidente do Instituto Doméstica Legal, Mario
Avelino, a notificação enviada por e-mail não deixa claro que o empregador está
em situação irregular. Ele explica que a mensagem apenas indica que há indícios
de que valores de FGTS não foram recolhidos.
Para confirmar pendências, o empregador deve acessar o
eSocial e verificar as guias mensais que não foram pagas. O sistema gera uma
guia única com os encargos trabalhistas, que inclui contribuições ao INSS, Imposto de
Renda (quando aplicável) e os 8% de FGTS, além da parcela
destinada à multa de 40% em caso de demissão.
Para auxiliar nesse processo, o Instituto
Doméstica Legal oferece um serviço gratuito de avaliação de
pendências. De acordo com Avelino, consultores especializados analisam o
histórico do empregador no eSocial desde outubro de 2015, quando a
regularização do FGTS para domésticas passou a valer, ou desde o início do
cadastro, identificando os débitos existentes.
A avaliação gratuita emite um laudo em até 24 horas. Caso o
empregador decida regularizar os débitos, o portal oferece serviço completo de
correção e emissão das guias, com cobrança pelo serviço.
Avelino destaca que muitos empregadores não percebem falhas
nos depósitos porque o FGTS não é um imposto, explicando que se alguma guia não
for paga, o INSS será cobrado pela Receita Federal na declaração do Imposto de
Renda, mas o Fundo de Garantia, não.
“Nosso papel é garantir segurança jurídica ao empregador e
justiça ao trabalhador”, explica.
A equipe do Instituto verifica os avisos do MTE, emite as
guias corretas, acompanha os pagamentos e confirma a quitação.
No email enviado pelo MTE, consta que foram verificadas
pendências no sistema do eSocial que devem ser regularizadas até 31 de outubro.
A comunicação reforça que a etapa de monitoramento é automatizada e ainda não
configura procedimento administrativo fiscal. As regularizações serão
identificadas pelo próprio sistema, não sendo necessário enviar documentação
comprobatória à Auditoria-Fiscal do Trabalho.
Impacto contábil e oportunidades para empregadores
O prazo final para quitação dos débitos de FGTS representa
um alerta importante para contadores e gestores de micro e pequenas empresas.
Além de evitar ações fiscais e multas, a regularização correta garante que os
registros contábeis estejam alinhados às obrigações legais e que o histórico de
pagamentos seja transparente para futuras auditorias.
Profissionais de contabilidade podem
orientar empregadores domésticos sobre a conferência detalhada das guias no
eSocial, identificando inconsistências nos recolhimentos de FGTS, INSS e
Imposto de Renda. Esse acompanhamento preventivo reduz riscos de autuações e
facilita a correção de eventuais pendências de forma estruturada, dentro do
prazo legal.
Além disso, o serviço gratuito de avaliação oferecido pelo
Instituto Doméstica Legal é uma ferramenta estratégica para contadores. Ele
permite gerar um laudo completo das pendências em até 24 horas, servindo como
base para a regularização correta dos débitos e oferecendo segurança jurídica
tanto para o empregador quanto para o profissional responsável pela gestão
contábil.
Com informações adaptadas da Folha de S. Paulo