

O PIX terá uma mudança importante a partir de dezembro.
Novas regras do Banco Central começam a valer para tornar as devoluções mais
rápidas e ampliar a proteção de quem é vÃtima de fraude. A atualização promete
mais precisão no rastreamento do dinheiro e maior chance de recuperar valores
desviados.
Nos últimos anos, golpistas passaram a movimentar o dinheiro
de forma muito rápida, o que dificultava o retorno das quantias enviadas por
engano ou sob ameaça. Agora, o sistema passa a seguir o caminho completo da
transferência, mesmo quando o valor já não está mais na conta inicial usada no
golpe.
O Banco Central afirma que as mudanças devem facilitar a
identificação de contas suspeitas e aumentar o volume de devoluções, ajudando a
desestimular crimes envolvendo o PIX. As instituições financeiras têm até 2 de
fevereiro para adotar as regras de forma obrigatória.
Como funcionará o novo rastreamento
A partir das novas normas, o mecanismo de devolução do PIX
passa a acompanhar o caminho do dinheiro com mais detalhamento. Isso permitirá
que bancos rastreiem transferências feitas pelos golpistas para outras contas,
superando um dos principais obstáculos enfrentados até agora.
O Banco Central explicou que os participantes do sistema
terão acesso às informações necessárias para realizar a devolução. Com isso,
valores poderão ser recuperados até 11 dias após a contestação.
A expectativa é aumentar o número de contas identificadas em
fraudes e evitar que essas mesmas contas sejam usadas em novos golpes.
Devolução mesmo após movimentações do golpista
Antes, o dinheiro só podia ser devolvido se ainda estivesse
na conta utilizada na fraude. Como muitos golpistas faziam saques ou
transferências quase imediatas, o rastreamento ficava limitado e a recuperação
se tornava improvável.
Com a mudança, o sistema poderá localizar os valores mesmo
quando eles já tiverem sido enviados para outras contas. Isso amplia as chances
de devolver o dinheiro para a vÃtima e fortalece o controle das instituições
sobre atividades suspeitas.
Autoatendimento para contestar transações
Desde 1º de outubro, bancos e instituições financeiras já
oferecem, dentro da área do PIX nos aplicativos, uma função de contestação
automática. A ferramenta foi criada para simplificar o processo e reduzir a
necessidade de atendimento humano.
Esse será o canal usado para pedir devolução em casos de
fraude, conforme orientou o Banco Central. O órgão acredita que o
autoatendimento ajuda a agilizar o processo e aumenta a possibilidade de
encontrar recursos ainda na conta associada ao golpe antes que sejam totalmente
esvaziados.
Adoção obrigatória em fevereiro
As instituições financeiras já podem aplicar as novas
regras, mas a implementação só se torna obrigatória em 2 de fevereiro.
O Banco
Central reforçou que a medida faz parte de um conjunto de ações para
fortalecer a segurança do PIX e reduzir práticas criminosas envolvendo
transferências instantâneas.