Publicada Quarta-Feira, 23/03/2011

IPCA-15 de março fica em 0,60% e IPCA-E em 2,35%
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,60 % em março, taxa inferior à de 0,97% de fevereiro.

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Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), que é o IPCA-15 acumulado nos últimos três meses, apresentou variação de 2,35 % no primeiro trimestre do ano, acima do resultado do mesmo período de 2010 (2,02%). Considerando os últimos 12 meses, o índice situou-se em 6,13%, acima dos 12 meses anteriores (6,08%). Em março de 2010, a taxa havia ficado em 0,55%.

A redução no IPCA-15 em março se deveu, principalmente, ao grupo educação, cujo efeito dos reajustes sazonais de início do ano ficaram concentrados em fevereiro. No resultado de março, o grupo apresentou variação de 1,03%, enquanto em fevereiro havia atingido 5,88%. A taxa de 1,03% do mês reflete, basicamente, os reajustes ocorridos na região metropolitana de Fortaleza (5,27%). Com isto, o agrupamento dos produtos não alimentícios passou de 1,09% em fevereiro para 0,64% em março.

Os alimentos, que continuaram mostrando desaceleração no ritmo de crescimento de preços, indo de 0,57% para 0,46%, também contribuíram para a desaceleração do índice no mês de março. Apesar do tomate ter ficado 16,57% mais caro, assim como a batata-inglesa, que subiu 9,66%, e as frutas, com 3,33% a mais, grande parte dos produtos passou a custar menos de um mês para o outro. As carnes tiveram queda de 2,33% e ficaram com a mais significativa contribuição para baixo (-0,06 ponto percentual). Outros destaques foram: feijão carioca (-6,91%), açúcar refinado (-2,55%), feijão preto (-2,48%), carne seca (-2,23%), frango (-1,52%) e arroz (-1,27%).

As despesas com saúde e cuidados pessoais também apresentaram menor variação, passando de 0,52% para 0,35%, destacando-se os remédios (de -0,07% em fevereiro para -0,11% em março). Refletindo as liquidações de final de estação, os artigos de vestuário passaram de 0,13% em fevereiro para -0,37% em março.

No grupo despesas pessoais, a alta de 1,04% foi significativa, embora inferior aos 1,17% de fevereiro. A redução foi puxada pelo item recreação (de 1,19% para 0,39%), enquanto o nível relativamente alto do resultado do grupo teve forte influência dos salários dos empregados domésticos (de 0,91% para 1,54%), considerando, ainda, o item cigarro (de 1,61% para 2,30%).

Os demais grupos ficaram acima dos resultados de fevereiro, com o transporte (de 1,04% para 1,11%) na liderança no mês de março. Neste, as passagens aéreas, que haviam apresentado queda de 11,45% em fevereiro, subiram para 29,16% em março. Subiram, também os preços dos combustíveis, de 0,72% para 1,09%. A gasolina passou de 0,51% para 0,76%, enquanto o etanol, de 2,83% foi para 4,68%. O grupo transporte foi influenciado, ainda, pelas tarifas dos ônibus intermunicipais (de 1,28% para 1,94%) e urbanos (de 3,37% para 0,83%), apesar da redução deste último de um mês para o outro.

Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em Fortaleza (1,06%), refletindo os reajustes das mensalidades dos cursos formais (7,19%) apropriados no mês de março. O menor foi o índice de Belém (0,15%) em virtude, principalmente, da queda de 2,75% nos preços dos remédios.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 12 de fevereiro a 15 de março e comparados com aqueles vigentes de 15 de janeiro a 11 de fevereiro de 2011. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.


Fonte : IBGE
23 de março de 2011