Os grupos foram bem recebidos, tiveram isenções de tributos, prometeram empregos, chegaram com discurso de responsabilidade social, mas antes de completarem dois meses de funcionamento a máscara caiu e mostraram o que sabem fazer de melhor: explorar os trabalhadores e burlar a legislação para aumentar o patrimônio.

Não apenas o discurso, a publicidade veiculada na mídia é característica de vendas no atacado, mas o CNPJ cadastrado junto à Receita Federal é de empresa varejista, se beneficiando deste artifício para escapar da Convenção Coletiva dos Atacadistas, provocando uma concorrência desleal.

Mesmo neste curto tempo de funcionamento, as duas lojas multinacionais desrespeitaram  a Convenção Coletiva de Trabalho em vigor, a exemplo do que ocorreu no carnaval, onde mantiveram as lojas abertas na terça-feira, colocando os  comerciários e comerciárias para trabalhar aos domingos sem ter feito acordo, aumentando o grau de  exploração que são acostumados pelo país a fora.

O Sindicato dos Comerciários de Teresina não aceitará que estes grupos cheguem aqui para prejudicar ainda mais os trabalhadores, explorando violentamente a categoria, desrespeitando os acordos e Convenção de Trabalho. O sindicato já acionou sua Assessoria Jurídica para fazer um levantamento junto aos órgãos competentes sobre esta forma de atuar destas empresas, com CNPJ de varejo, mas prática de atacado.

 “Vamos trabalhar no âmbito sindical e da Justiça, do Ministério Público do Trabalho para coibir este tipo de exploração”, disse o secretário-geral do Sindicato dos Comerciários, Gilberto Paixão.