Publicada Segunda-feira, 21/07/2008
Emprego
Número de empregos formais criados em junho é o maior desde 2003
Foram registrados em junho de 2008 a criação de 309.442 postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados no último dia 17 pelo Ministério do Trabalho. O crescimento em relação ao mês de maio foi de 1,03%.

                0

O número é recorde não apenas para o período de junho como para todos os meses desde a série histórica, que começou em 2003. O recorde anterior tinha sido registrado em abril de 2007, com 301.991 empregos. O saldo de empregos em junho foi 48,85% maior do que o recorde obtido anteriormente para o mesmo mês, verificado em 2004 com 207.895 postos.

O bom desempenho fez o ministro Carlos Lupi subir a previsão de geração de empregos para 2008 de 1,8 milhão para 2 milhões. No acumulado do ano, o Caged soma 1.361.388 empregos. O número é 24,47% superior ao recorde anterior, que era de 2007 (1.095.503 postos de trabalho).

“A economia brasileira na área da empregabilidade está crescendo de uma maneira forte, homogênea, em todas as regiões do Brasil e em todos os setores. O que mostra que não só a economia do mundo está acreditando no Brasil como o próprio brasileiro”, defendeu Lupi.

Segundo o ministro, o crescimento recorde é decorrência da elevação do número de empregos em quase todos os setores de atividade econômica. A agricultura obteve o melhor desempenho, com saldo 40% superior ao verificado em junho de 2007, totalizando 92.580 postos.

“O recorde é explicado por vários fatores. Primeiro porque o Brasil é um celeiro de produção agrícola no mundo. Quando você tem algum efeito da inflação no aumento dos papéis do setor agrícola, você também tem aumento da lucratividade porque nós somos um grande exportador desses mesmos papéis”, analisou .

O Caged é um registro administrativo que acompanha e fiscaliza o processo de admissão e dispensa (demissão, aposentadoria, morte) de trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em todo o país. As empresas encaminham os dados mensalmente ao Ministério do Trabalho.

Amanda Cieglinski

Repórter da Agência Brasil