Publicada Segunda-feira, 19/12/2011

Integração começa dia 02, veja como irá funcionar
A Prefeitura de Teresina anuncia para o dia 02 janeiro o aumento da passagem para R$ 2,10 e no mesmo dia tem início a integração das linhas do sistema de transportes da capital.

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Como vai funcionar o sistema de integração?

Nós estamos trabalhando com duas frentes. A primeira, para que nós possamos fazer esse sistema de integração, precisamos de início de uma celeridade desses ônibus e nós estamos trabalhando com o sistema BRF, que dá rapidez aos ônibus e trabalharemos de ínicio com a Avenida Frei Serafim. Nós já fizemos a cobertura dela em quase toda a totalidade com câmeras e nossa central vai monitorar todo o trânsito daquela região através delas, essas câmeras terão sempre comunicação com a seguinte. Em um segundo momento teremos junto com isso o uso da integração temporal.

Como é o sistema BRF?

Nós relocamos nossos abrigos para os locais que têm 4 faixas que são as baias para embarque e desembarque dos passageiros, essas faixas serão demarcadas de azul. Os locais com 3 faixas serão somente para circulação dos ônibus, as outras das esquerda serão para os carros. As faixas reservadas para os ônibus serão usadas pelos ônibus ou taxis com passageiros, os carros particulares podem ter acesso a essas faixas somente para fazer conversão à direita, se não fizer, continuar na faixa exclusiva e só fizer a conversão na entrada seguinte será notificada.

Quando começa? Vai acarretar aumento na passagem?

A partir de segunda, 19, as demarcações já estarão feitas, do dia 26 ao dia 1º será dada a orientação para os usuários e somente a partir do dia 02 de janeiro é que serão multados os motoristas que trafegarem nas faixas erradas. O sistema de integração começa no dia 02 de janeiro, nesse mesmo dia o valor da passagem vai voltar para R$ 2,10. É um presente que o prefeito dá para Teresina, ele prometeu que só aumentaria a passagem com o sistema de integração. E esse valor foi previsto em maio desse ano, foi suspenso para volta em outubro e o prefeito resolveu deixar só para quando tivesse o sistema integrado.

Como vai funcionar para o usuário?

Vou te dar um exemplo. Se a pessoa mora no Parque Piauí e trabalha na UFPI ela pega um primeiro ônibus e vai até o centro pagando uma passagem inteira, no ônibus seguinte ela paga apenas a metade, assim ela tem uma economia de 50% na segunda passagem. A intenção é zerar com o tempo essa segunda passagem, mas de momento teremos essa diminuição no valor. Isso vai acontecer num sistema de integração temporal em que no intervalo de uma hora a pessoa poderá pegar o segundo ônibus com esse valor menor. Se for um estudante pagará a meia passagem normal no primeiro ônibus e um quarto da passagem inteira no segundo.

E se a pessoa mora na Irmã Dulce, por exemplo?

Não vai importar essa questão de quilometragem, de distância. Não vai ser necessário correria para pegar o ônibus porque a pessoa vem de mais longe, vai dar tempo. Foi tudo feito para que desse tempo.

Se a pessoa precisar de um terceiro ônibus e ainda não passou uma hora?

Não existe essa sistematização, somente o sistema de uma passagem mais uma. Aqui em Teresina não há quem precise de um terceiro ônibus para chegar ao trabalho, mas se ela precisar vai entrar novamente no sistema, ou seja, vai pagar a passagem inteira e se precisar de um quarto ônibus vai pagar metade, porque essa quarta está dependendo da terceira.

O usuário precisa de quê para usar o sistema?

A integração só vai funcionar com o uso do cartão que todos os estudantes já usam e, atualmente, 80% das empresas já disponibilizam o cartão de vale transporte. Quem não tem pode comprar o cartão avulso e carregar os créditos nos postos de atendimento da cidade. Aí você me pergunta e quem está pagando em dinheiro sai perdendo? Não, ninguém sai perdendo porque a vantagem é essa meia passagem para o segundo trecho. Ninguém está pagando a mais por isso. Você não vai pegar uma segunda viagem porque tem desconto, vai pagar porque precisa. Ninguém perde. Pelo contrário, a Prefeitura é quem vai ter uma perda de 1% no ISS.

O sistema vai precisar de terminal de integração?

Não. O nosso sistema será temporal, não vamos precisar de estrutura física, o que é bom porque a pessoa desce do ônibus e já pode pegar o outro logo em seguida, não vai ter quilometragem negativa, ou seja, não vai precisar ir a um terminal sem necessidade para pegar o que preciso. Há o ganho de tempo. A gente tem que acompanhar esse desenvolvimento da tecnologia. Nós temos projeto de criação de terminais com verba do PAC, já foi aprovado, mas agora estamos começando com o que há de mais avançado possível.

E as dúvidas que os usuários possam ter?

Os pontos serão bem sinalizados com banners, teremos 50 pessoas trabalhando nesses pontos e nos ônibus dando as orientações para os passageiros, dizendo quais linhas participam da integração. Eles serão identificados como “Integração. Posso ajudar?” para dar as instruções e tirar as dúvidas que possam existir. Assim com trabalharemos junto com todos os meios de comunicação a fim de passar as informações, teremos uma linha 0800 que depois passaremos o número e em nosso site também terão todas as informações possíveis.

Quais as linhas?

De início serão 33 das 92 linhas, elas correspondem a quase 50% do sistema de transporte, todas as zonas serão beneficiadas. E são as linhas que são mais utilizadas para a segunda viagem, e sabemos quais são elas porque as pesquisas indicam. Na Frei Serafim as pessoas se aglomeram e essas pessoas descem de uma linha, passam a rua e pegam outra. Assim as linhas que participam passam por lá. A gente vê que outras cidades quando começam é com 10% das linhas e aqui a gente vai começar com 33 que correspondem a quase 50%, ou seja, já é uma porcentagem muito grande.

Fonte: A entrevista foi feita com a Superintendente da Strans (Superintedência Municipal de Transporte e Trânsito), Alzenir Porto, consedida para o portal acessepiauí