Histórico
Fundado em 28 de abril de 1941 com o nome de Sindicato dos Empregados no Comércio de Teresina, manteve-se atrelado ao chamado sindicalismo oficial por mais de trinta anos. Conduzido por práticas conservadoras e limitando a luta dos trabalhadores aos horizontes dos órgãos governamentais, sem avanços e sem combatividade.

Com a criação da CUT - Central Única dos Trabalhadores, precisamente em 1983, inaugura-se no Brasil uma nova linha sindical, denominada de novo sindicalismo. A concepção desse novo modelo sindical que surgia com todo vigor, rompia drasticamente com o modelo atrasado, conservador e colaborador de classe criado na década de quarenta por Getúlio Vargas.

Juntamente com a CUT entrava em cena, por todo Brasil, os novos dirigentes sindicais, massacrados e perseguidos pela famigerada ditadura militar, porém todos determinados a transformar a realidade através do sindicalismo de classe, de luta e pela base.

É exatamente na década de oitenta que um grupo de sindicalista conduz o processo de filiação do sindicato dos comerciários, CUT e, também, a primeira vitória nas eleições sindicais dos trabalhadores no comércio de Teresina após a abertura democrática, daí origina-se uma nova forma de condução da luta dos trabalhadores desse setor.

Em 1987 os trabalhadores do comércio de Teresina deflagram a primeira greve da categoria, o que publicamente demonstra o caráter combativo da direção e a disposição dos trabalhadores de conquistarem melhores condições de trabalho e de vida.

Em 1988 ocorre a segunda eleição sindical dos comerciários, ocorrem mudanças na direção, movendo o sindicato mais a esquerda.

Em 1998 os estatutos da entidade são reformados, ampliando a base de representação sindical, dessa forma além dos trabalhadores do comércio estão representados também os trabalhadores do setor de serviços. Em números a categoria passa de 12 mil trabalhadores para quase 20 mil.

Nessa mesma época, segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, o movimento sindical é duramente castigado pelas sucessivas investidas criminosas contra os sindicatos e os trabalhadores. Dentro desse contexto de crise foi desenvolvida uma das mais ousadas estratégias sindicais. Construir uma rede de serviços nas áreas de saúde, educação e lazer, como também manter intocável a natureza combativa do sindicato. O grande desafio era como desenvolver uma rede de serviços sem burocratizar os dirigentes na operacionalização das tarefas. A saída foi à profissionalização dos serviços, enquanto o papel sindical foi desempenhado pela direção.

Dessa forma, o sindicato atinge 2005 com todos seus serviços consolidados e sua natureza combativa, de classe e pela base bastante atuante. São mais de sete mil sócios e o reconhecimento da sociedade pela seriedade, compromisso e a defesa intransigente dos direitos históricos e imediatos da classe trabalhadora.